22 de Maio de 2022
6º Domingo da Páscoa
“Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,28)
Queridos irmãos e irmãs, Graça e Paz!
Não estamos sozinhos! Essa é a Boa-Notícia da liturgia deste 6º Domingo da Páscoa em que continuamos no contexto do discurso de despedida de Jesus. Como recordamos, domingo passado o Mestre deu à sua comunidade o mandamento do amor (cf. Jo 13,1-35). Hoje, Jesus vai explicar como é que essa comunidade manterá, após a sua partida, a relação com Ele e com o Pai.
Na leitura de Atos 15,1-2.22-29 temos a passagem conhecida como a narrativa do Concílio de Jerusalém. Momento de extrema importância da Igreja nascente por marcar a separação entre judaísmo e cristianismo, e por reconhecer que a salvação cristã é uma proposta universal, aberta a todas as raças e culturas. A vivência do mandamento do amor unido à essa postura de abertura e acolhida formam o caminho para a construção de um mundo de justiça, de amor e de paz, reflexo do mundo futuro que nos espera, como nos fala a leitura do Livro do Apocalipse (Ap 21,10-14.22-23).
Por fim, o evangelho de Jo 14,23-29 nos diz que quem ama Jesus o escuta, e quem o escuta, identifica-se com Ele e vive numa dinâmica de comunhão com Jesus e com o Pai. Mas, para que isto seja possível o cristão tem de estar atento aos apelos do Espírito Santo que ajuda-nos a ler as propostas de Jesus à luz dos novos desafios que o mundo nos traz.
Às vésperas de darmos início às celebrações do Centenário de nossa Arquidiocese, somos interpelados a detectar os novos caminhos que o Espírito propõe. Celebrar 100 anos é também fazer memória agradecida por tudo o que foi vivido e construído com a graça de Deus. Mas é, também, momento propício para tomar consciência da presença do Espírito na caminhada de nossa Igreja local e para respondermos aos desafios dos tempos com sabedoria.
Irmãos e irmãs, peçamos ao Espírito Santo Paráclito que nos conceda a graça de saber ler as suas indicações nos sinais dos tempos e nas questões que o mundo nos apresenta, para que este Centenário seja um momento de reflorescimento de toda a nossa Arquidiocese.
Assim seja!
Com minha bênção,
Dom Roque Paloschi
†Bispo da Igreja que está em Porto Velho