Casa Madre Assunta Marchetti é inaugurada em Porto Velho para acolher migrantes e refugiados

Na última sexta-feira (11), a Arquidiocese de Porto Velho e a Congregação das Irmãs Scalabrinianas celebraram, com alegria e esperança, a inauguração do Centro de Acolhida Assunta Marchetti, voltado ao atendimento de migrantes e refugiados em trânsito na capital rondoniense. A celebração, marcada por emoção e solidariedade, teve início às 18h30 com uma Santa Missa presidida por Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho, e concelebrada pelo Padre Leandro Machado.

Localizado na Rua Ananias Ferreira André, nº 4303, no bairro Igarapé, o centro tem capacidade para acolher até 40 pessoas por dia, oferecendo dormitórios, alimentação e suporte social de forma totalmente gratuita. A estrutura é fruto de uma iniciativa das Irmãs Scalabrinianas, em parceria com a Arquidiocese de Porto Velho, o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) e instituições eclesiais reconhecidas pelo trabalho de apoio às populações migrantes e refugiadas.

O evento de inauguração contou com a presença das irmãs Carolina de França e Silvia Cenci, representando a congregação, além de religiosas de outras congregações, lideranças pastorais, voluntários, agentes de pastoral e membros da comunidade.

A irmã Osani Benedita, que atua diretamente no acolhimento, reforçou a importância do espaço:

“A importância é de acolher e proteger. Nossa cidade é uma cidade de rota e os serviços oferecidos não conseguem atender toda a população migrante.”

Jaise España, hoje voluntária no centro, relembrou como foi acolhida pela pastoral:

“É uma experiência significativa. As Irmãs Scalabrinianas e a pastoral me acolheram, assim como à minha família, me orientaram sobre como conseguir moradia em Porto Velho, e hoje estou fazendo voluntariado, acolhendo outros migrantes.”

Dom Roque esteve presente e destacou a presença das Irmãs Scalabrinianas junto aos migrantes de nossa Arquidiocese:

“A presença das irmãs sempre foi o coração acolhedor do migrante, e aqui elas marcaram e continuam marcando. E essa casa de acolhida é, sobretudo, uma demonstração palpável de que o coração de Deus vai se dilatando.”

Mário Jonas, voluntário no trabalho com migrantes desde 1986 junto a Pastoral do Migrante, também compartilhou sua visão durante a inauguração.

“Precisamos compreender que os seres humanos necessitam dessa acolhida. As pessoas não saem das suas terras porque querem, saem por alguma necessidade, e essa necessidade precisa ser alimentada para que essa pessoa, por si só, possa se autoprover.”

A inauguração do Centro de Acolhida Assunta Marchetti integra as ações do centenário da Arquidiocese de Porto Velho, que será celebrado em 1º de maio de 2025, e reafirma o compromisso da Igreja com os princípios de acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e refugiados.