O Encontro faz parte do caminho do processo da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (Sínodo 2021-2024), que tem como tema: Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão. Convocado pelo Papa Francisco, pela primeira vez em nossa história, todo o Povo de Deus participa diretamente de um sínodo, afinal “o caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Sínodo 2023, Documento preparatório).
O encontro promovido com apoio da Igreja Particular de Porto Velho, entre os dias 24, 25 e 26 de março de 2023, já é a terceira Escuta sinodal realizada com lideranças indígenas, quilombolas, camponeses, ribeirinhos e migrantes, com intuito de promover reflexões e perspectivas de ações em defesa da Amazônia.
Assim, como nas etapas paroquiais, durante os encontros, foi possível tecer algumas propostas e indicações sobre a preparação da síntese diocesana, contudo destacando um olhar mais aprofundado quanto as reflexões e perspectivas de ações em defesa da Amazônia, sendo este o ponto que mais o diferencia das atividades paroquiais.
A atividade que fortalece os “organismos de comunhão com os povos da floresta”, contou com a participação de representantes da Caritas, dos Povos Indígenas: Warao, Karitiana, Migueleno, Puruborá, Mamainde, Karipuna, Guarasugwe, Tupinambá, Tupari, Macurap, Kassupá, Kaxarari, Kujubin, Arara, Paumari, Oro Mon, Canoé; da CPT – Comissão Pastoral da Terra, da Pastoral Indigenista, do CIMI – Conselho Indigenista Missionário, Seringueiros, do SPM – Serviço Pastoral do Migrante, da Rede Grito pela Vida, do Opiroma – Organização dos Povos Indígenas de Rondônia e Noroeste do Mato Grosso, do Quilombo Forte Príncipe da Beira, do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores, da Arquidiocese de Porto Velho.
Ao final do encontro, foi redigida e assinada uma Carta Final, disponibilizada abaixo, onde os presentes conclamam todo povo a estarem mobilizadas e presentes nos processos de construção das atividades, articulações e das lutas em defesa de nossa casa comum.
Veja a carta na íntegra:
Carta as Pastorais e Movimentos Sociais Populares dos participantes da Escuta Sinodal, Reflexões e Perspectivas de Ações em Defesa da Amazônia.
“Por uma Igreja sinodal, comunhão, participação e missão” Porto Velho -RO, dias 24, 25 e 26 de março de 2023.
Imbuídos de um esperançar, após um processo eleitoral carregado de muita tensão e hostilidade, mentiras e cooptação. Sai vitoriosa, para a presidência do país, a possibilidade de reconstrução da participação social e de retomada de direitos. Aqui estamos, sobreviventes e resistentes, somos Indígenas, Quilombolas, seringueiros/as, Camponesas/es, Migrantes, Ribeirinhos. ‘Somos Povos da Amazônia’!
Apontamos nesta escuta sinodal as seguintes compreensões:
Diante desta realidade apontamos a necessidade:
Na certeza que é possível essa construção, e a articulação das forças sociais, cabe a cada um e cada uma, zelar por essa construção. A semente foi lançada. Somos convidados a regar, adubar, cultivar, reproduzir, cotidianamente, para colhermos os frutos.
Motivados pelo Sínodo ‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’, vamos na busca do bem viver. Por essa razão, CONCLAMAMOS os Movimentos, Pastorais Sociais e Comunidades a estarem mobilizadas e presentes nos processos de construção das atividades, articulações e das lutas em defesa de nossa casa comum Amazônia.
Assinam a presente:
Caritas, Povos Indígenas: Warao, Karitiana, Migueleno, Puruborá, Mamainde, Karipuna, Guarasugwe, Tupinambá, Tupari, Macurap, Kassupá, Kaxarari, Kujubin, Arara, Paumari, Oro Mon, Canoé; CPT – Comissão Pastoral da Terra, Pastoral Indigenista, CIMI – Conselho Indigenista Missionário, Seringueiros, SPM – Serviço Pastoral do Migrante, Rede Grito pela Vida, Opiroma – Organização dos Povos Indígenas de Rondônia e Noroeste do Mato Grosso, Quilombo Forte Príncipe da Beira, MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores, Arquidiocese de Porto Velho.