Cerca de 30 pessoas representando os núcleos da Conferência dos Religiosos do Brasil-CRB, que atuam nas sete dioceses, da Regional roeste, (Lábrea, Humaitá, Ji Paraná, Cruzeiro do Sul, Porto Velho, Guajará-mirim e Rio Branco), estiveram de 16 a 18 de junho, na Casa de Encontro das Catequistas Franciscanas em Porto Velho.
O objetivo foi a realização da assembleia anual, que neste ano contou com a presença da presidente da CRB Nacional Irmã Eliane Cordeiro e da Regional Irmã Cirlanda Costa.
O encontro teve sua introdução com a fala da Irmã Eliane trazendo presente a analogia das ‘Mulheres da Aurora’, a Vida Religiosa Consagrada e o caminho da sinodalidade, como ferramenta que qualifica a missão, um desafio que antes precisa perpassar a vivência cotidiana das comunidades.
Além de ser um encontro celebrativo, foi uma oportunidade de reflexão acerca da presença da Vida Religiosa Consagrada na Igreja, seus sonhos, desafios e perspectivas missionárias. “A presença da Irmã Eliane Cordeiro remete à comunhão com toda a Vida Religiosa do Brasil, na busca de uma caminhada conjunta de todas as regionais”, declarou Irmã Cirlanda. Ela ainda acrescentou: “Como presidente recém eleita vir conhecer de perto, um pedaço deste chão amazônico, é colocar os pés no chão da realidade, ver sentir, escutar um pouco da VRC inserida na Amazônia”, concluiu a líder.
Já Irmã Eliane, que veio para conhecer, ficou feliz com a presença e atuação da Vida Religiosa Consagrada da Regional. “Estou encantada com a riqueza da Vida Religiosa missionária, neste chão. Quantas iniciativas para dar dignidade às pessoas mais vulneráveis e testemunhar o ser consagrado”, declarou feliz algumas vezes.
Um encontro de partilha – Outro aspecto de destaque foram as partilhas da caminhada trazidas por diversas forças: dentre elas, a Pastoral Indígena, a rede Um Grito pela vida, Pastoral do Migrante, Novas Gerações, dentre outras.
“Para mim, participar do evento foi uma graça! Uma oportunidade de encontro com religiosas e religiosos, ardorosos missionários e missionárias, inseridos na querida Igreja da Amazônia, onde tenho a alegria de somar na missão evangelizadora”, declarou Irmã Teresa Nascimento de Porto Velho. Ela acrescenta que tanto o conteúdo desenvolvido, como a dinâmica, a convivência e a mística desses dias, aqueceram os corações de todos e abriram novos horizontes para a caminhada rumo a uma Vida Religiosa Consagrada cada vez mais significativa no compromisso com a construção de uma Igreja Sinodal. Sinodalidade – Irmã Laura Vicuña-cf, vice-presidente da Ceama – Conferência Eclesial da Amazônia, trouxe presente o encontro de três mulheres indígenas com o Papa Francisco, acerca de vários assuntos, inclusive a participação e o reconhecimento da presença e ação da mulher na igreja, ocorrido em dia 1º de junho no Vaticano, para falar sobre a missão e o ministério da mulher na igreja da Amazônia, num esforço de construir diálogo em comunhão com a Igreja sem polarizações, onde o papa afirmou que já não existe mais volta no processo da sinodalidade: sermos uma igreja sinodal, inclusiva e em saída, segundo a Irmã Laura, o papa manifestou mais uma vez, o seu amor a Amazônia, o seu apoio irrestrito e incondicional aos povos da terra.
A sinodalidade é um novo caminho sendo construído a partir da participação e inclusão de todos, como alternativa na construção da comunhão e libertação de todo fechamento, desembocado num clericalismo arraigado na cabeça de tantos cristãos, clérigos e leigos.
O Encontro se estendeu na segunda-feira, quando os religiosos do núcleo e convidados participaram de uma noite festiva junina na comunidade das Irmãs Calvarianas na zona sul da cidade
Texto por: Irmã Egnalda