Bispos da Amazônia se reuniram em Bogotá para encontro histórico

A cidade de Bogotá, capital da Colômbia, acolheu nesta semana todos os bispos da região amazônica em um encontro histórico, tendo iniciado no domingo (17) e encerrado na quarta-feira (20). Estiveram presentes mais de 90 bispos, representando 76 circunscrições eclesiásticas dos nove países que compõem a Amazônia.

O evento, convocado pela presidência da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), aconteceu na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM). Além dos bispos, o encontro reuniu líderes indígenas, religiosos e religiosas, e cristãos leigos.

Em mensagem enviada por meio do cardeal Pietro Parolin, o Papa Leão XIV destacou a importância de anunciar o Evangelho com clareza e caridade, ressaltando três dimensões fundamentais da ação pastoral na Amazônia: a evangelização, o cuidado com a vida e a defesa da criação.

O arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, também esteve presente. Em sua reflexão, recordou que a CEAMA nasceu como fruto do Sínodo para a Amazônia de 2019, a partir do pedido feito na sala sinodal para a criação de um organismo eclesial e episcopal que favorecesse o intercâmbio, a partilha e a construção de caminhos em vista de uma Igreja cada vez mais sinodal.

“Tudo isso demonstra o desejo de sermos sempre uma Igreja sinodal, cuja primeira missão é anunciar o Evangelho e a Boa-Nova a todos os povos deste imenso território amazônico”, afirmou Dom Roque.

Este foi o primeiro encontro episcopal de grande porte após o Sínodo de 2019 e a publicação da exortação apostólica Querida Amazônia (2020). A iniciativa reafirma o compromisso da Igreja com a evangelização inculturada, a ecologia integral e o protagonismo dos povos originários.

Dom Roque também destacou que os bispos são chamados a ser os primeiros servidores: “O ministério episcopal é um serviço sinodal da Igreja na amazônia”, e que sempre deve está em comunhão com todo o povo de Deus.

Por fim, lembrou que a missão da Igreja se fortalece ao louvar a vida das comunidades amazônicas e a paixão missionária de tantos servidores, entre eles padres, religiosos, religiosas, diáconos e leigos, que se dedicam com generosidade ao anúncio do Evangelho.