Os povos indígenas Karitiana, Karipuna, Tupinambá e Tikuna se reúnem em Porto Velho entre os dias 12 e 14 de novembro, com o apoio da Arquidiocese de Porto Velho, do Conselho Indigenista Missionário e da Embaixada da Alemanha, para refletir sobre o cenário atual de ataques aos direitos indígenas e aos impactos devastadores do desmonte das garantias constitucionais, especialmente os artigos 231 e 233. O encontro enfatiza a urgência de proteger os territórios indígenas da Zona de Sustentabilidade Econômica Abunã Madeira (Amacro), cujas iniciativas de desenvolvimento estão impactando profundamente a preservação dos modos de vida tradicionais. Esses povos reafirmam a importância das “economias da vida” – formas de subsistência como o beneficiamento do babaçu – que respeitam a terra e promovem uma relação sustentável com o meio ambiente, em oposição à economia extrativista que leva à destruição e ao desmatamento. Com resistência e tradição, eles defendem: “Não ao Marco Temporal! Sim à Vida e à Demarcação das Terras Indígenas”.